RECREIO MONITORADO BRINCANDO E APRENDENDO COM
A
SUSTENTABILIDADE
Através do Programa Institucional
de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID foi elaborado o Projeto Recreio Monitorado Brincando e
Aprendendo com a sustentabilidade, que vem acontecendo desde o início de 2015,
realizado na Escola de Educação Básica Hercílio Bez, pelos bolsistas do PIBID dos subprojetos de Educação Física,
Geografia, Ciências Biológicas, Matemática e Pedagogia. É um projeto interdisciplinar que contribui
para a organização do recreio no sentido de torná-lo mais agradável, buscando a
convivência harmônica entre os alunos e ao mesmo tempo estimulando-os na
participação em diferentes atividades: jogos educativos, atividades físicas e
brincadeiras da infância.
Com isso incluímos as ações e jogos com o tema sustentabilidade,
desenvolvidos durante o semestre em sala de aula, utilizando para confecção dos
brinquedos materiais reaproveitáveis. Após
a aplicação do projeto observou-se uma melhor relação entre os participantes,
atingindo o objetivo de tornar o recreio um espaço saudável e de fortalecimento
de vínculos, melhorando a qualidade de vida.
Apresentamos
a seguir um pouco da história, como surgiram jogos e brincadeiras do Recreio
Monitorado.
AMARELINHA SUSTENTÁVEL
Essencialmente feminino nas suas origens, a amarelinha marcou a
infância de gerações de mulheres. Reconhecida como ferramenta útil ao
aprendizado, essa limitação foi quebrada e ao menos nas escolas, todas as
crianças jogam. O nome da brincadeira na verdade não
tem nada a ver com a cor. A palavra veio
do francês, “marelle”, que aos ouvidos portugueses soava como diminutivo de
amarelo, amarelinha. A palavra original
se referia a um pedaço de madeira, ficha de jogo ou pedrinha, que eram usados no
jogo para marcar o progresso do jogador.
MODO DE JOGAR
A intenção principal desta sequência
didática é promover a vivência da brincadeira
de amarelinha e, por meio dela e de algumas variações, abordar alguns conteúdos
do bloco de conhecimento sobre a sustentabilidade.
O aluno deve jogar o dado. O número que cair será realizado
a pergunta sobre sustentabilidade, portanto se o aluno acertar ele jogará a
pedrinha para brincar na amarelinha.
Tem como base um caminho dividido em casas numeradas. Após
jogar uma pedrinha em uma casa - em que não poderá pisar -, a criança vai
pulando com um pé só até o fim do trajeto. Ao chegar, deve retornar apanhar a
pedrinha e recomeçar, dessa vez, atirando a pedra na segunda casa e depois nas
seguintes até passar por todas. O participante que errar o alvo ou perder o
equilíbrio passa a vez para outro.
Nesta atividade devem
respeitar a fila, aprender a ter tolerância e paciência nos jogos, e auxiliar
os colegas de forma cooperativa.
O jogo da amarelinha
sustentável tem como objetivo desenvolver a percepção corporal, noção espacial
e equilíbrio, também estimula o raciocínio lógico matemático.
BOLICHE MATEMÁTICO
Este é um jogo muito antigo, segundo a Confederação Brasileira de
Boliche, já era conhecido no Egito, segundo arqueólogos ingleses, nos anos 1930
encontraram uma tumba de uma criança com artefatos que eram pinos e bolas de
granito, que lembravam um jogo de boliche e este material era de 3200 a.C.
Em 2007, uma equipe
de arqueólogos, descobriu após escavações realizadas na área de Kon Madin,
província de Al Faiyum, a 100 km do Cairo, capital do Egito, uma espécie de
sala de um jogo, bastante similar com o boliche, foi à primeira vez que encontraram
um construção com estas características no Egito e o achado data da Dinastia
Grega de Ptolomeu de 332 a.C. a 30 d.C.
conforme informação da Mera, agência egípcia de notícias.
O boliche surge na
idade média em vários países, mas a versão moderna nasceu por volta do século
III na Alemanha, tinha conotação religiosa com 9 pinos, foi necessária a criação de leis para regularem
os excessos e limitar as apostas em 1325.
Em 1650, na Holanda foram
desenvolvidas as primeiras regras oficiais com 9 pinos em forma de diamante,
ainda hoje, em vários países da Europa é utilizado desta forma.
A versão dos 10 pinos (ten-pin),
dispostos de forma triangular, foi criado nos Estados Unidos no século XIX.
As regras atuais do boliche “ten-pin
bowling” foram criadas em 1875. Somente em 1895 é que em Nova Iorque foi
organizado o primeiro congresso e sistematizado as regras de forma que todos os
jogadores do mundo pudessem competir em igualdade de condições.
MODO DE JOGAR
Este jogo foi adaptado pelos
bolsistas do PIBID que se deu o nome de Boliche Matemático. Utilizando o número
que está em cada garrafa pet para realizar as operações. O aluno jogará a bola,
com intuito de derrubar todas as garrafas, tentando fazer o strike, cada vez que jogar a bola e cair mais de uma garrafa o
jogador deverá fazer as operações de adição, subtração e multiplicação dos
números que caírem, e dizer o resultado em voz alta.
JOGO DE DAMAS GIGANTE
Os jogos de tabuleiro
acompanham desde os primórdios da humanidade, no berço de nossa civilização
ocidental, na cidade de Ur, no sul da Mesopotâmia, atual Iraque, foi encontrado
em sítios arqueológicos, tabuleiros similares de 3.000 a.C. No antigo Egito tem
registros de 1.400 a.C. era chamado de Alquerque. De acordo com o filósofo
Platão, a Grécia aprendeu os jogos de tabuleiro com o Egito, não se sabe como
chegou em Atenas, mas no século V a.C. o
jogo já era conhecido com o nome das cinco linhas.
No ano 1.100 da nossa era, na França, utilizou-se o tabuleiro de
Xadrez e aumentou o número de peças para cada jogador, este jogo modificado foi
chamado de “Fierges” ou “Ferses” e como era considerado um jogo
social das mulheres foi chamado de “ Le
jeu plaisant de dames” .
Em meados de 1500 vários livros foram escritos sobre o jogo,
vários países iam criando suas regras e seus tabuleiros. Em 1756 popularizou-se
na Inglaterra.
Segundo a Confederação
Brasileira de damas, com a transferência da Corte Real em 1806, para o Brasil,
D. João VI trouxe o primeiro livro do jogo de damas em nosso país. Trata-se do
livro de Juan Canaleias, “ Libro del
juego de las damas” , publicado em Barcelona, Espanha em 1650. Este livro
encontra-se na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
Devido à influência da
Corte Real este jogo popularizou-se em todo país, mas em São Luiz, capital do
estado do Maranhão, devido às invasões francesas e holandesas o tabuleiro é de
cem casas e vinte peças, no geral aqui no Brasil utiliza-se o tabuleiro de 64
casas e 12 peças para cada participante.
O jogo de damas gigante
serve para estimular os alunos de forma lúdica o desenvolvimento do raciocínio
lógico e ampliar a percepção e memória que refletirá em várias áreas do
conhecimento.
Para facilitar o
desenvolvimento do jogo e das regras, organizamos em uma folha e plastificamos
para os alunos terem autonomia e exercitarem a leitura, e geralmente os que
ainda não se apropriaram da leitura são auxiliados pelos colegas, aumentando a
colaboração e a cooperação para incluir no jogo.
O material
utilizado foi reciclado, a tela para o tabuleiro, foi pintada, unindo dois
pedaços costurados com acabamento nas bordas e as latas foram reutilizadas de
outros jogos antigos da escola.
Gravatal, 26 de agosto de
2015.
Subprojetos
envolvidos: Ciências
Biológicas, Educação Física, Geografia, Matemática e Pedagogia
André
Luís Soares Simoni
Bianca Claudino
Nazário
Helena
Esmeraldino
Lara das Neves
Heerdt
Maryna Vieira
de Oliveira
Tayná Heerdt Laureth